LOC.: A partir de 2025, o Amazonas terá uma infraestrutura portuária mais moderna. Isso porque a Grãos Pará, empresa de transporte de produtos como soja e milho, vai construir 27 balsas graneleiras, dois empurradores e duas balsas de carga geral.
O projeto financiado pelo Fundo da Marinha Mercante também prevê a compra de uma balsa com funil para transbordo e um sistema de fundeio. O valor total é cerca de R$ 180 milhões, podendo gerar 710 empregos no estado.
Segundo o coordenador-geral de Fomento do Ministério de Portos e Aeroportos, Fernando Pimentel, o apoio ao setor, por meio do FMM, reduz o impacto ambiental e os custos logísticos.
TEC./SONORA: Fernando Pimentel, coordenador-geral de Fomento do Ministério de Portos e Aeroportos
“O Fundo da Marinha Mercante é o principal pilar da política de apoio à indústria naval brasileira. É essencial para a internalização da tecnologia, com enorme impacto para a integração com as cadeias mundiais de comércio.”
LOC.: Além de beneficiar o Porto de Manaus, uma das rotas responsáveis pela exportação de 51 milhões de toneladas de grãos em terminais da Amazônia, em 2023, o Ministério de Portos e Aeroportos aprovou outros 20 empreendimentos que modernizam a indústria naval em nove estados. O investimento é superior a R$ 10 bilhões, com perspectiva de geração de 8,8 mil empregos diretos.
A principal fonte de receita do fundo é uma contribuição paga no desembarque de mercadorias em portos brasileiros. Em 2024, mais de R$ 30 bilhões foram destinados às indústrias de construção e reparação navais. É o que explica Fernando Pimentel.
TEC./SONORA: Fernando Pimentel, coordenador-geral de Fomento do Ministério de Portos e Aeroportos
“[O fundo] Possui 42 bilhões de reais em projetos aprovados que podem vir a se tornar contratos de financiamento para a navegação de longo curso interior, cabotagem, apoio offshore a plataformas de petróleo, apoio portuário, navegação de ageiros e pesca, bem como para estaleiros e instalações portuárias.”
LOC.: Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, a indústria naval é uma aliada na transição energética do país. E informou que, nesse aspecto, o Fundo da Marinha Mercante já autorizou pesquisa e desenvolvimento de projetos em convergência com a agenda ambiental, a exemplo de motores híbridos e embarcações com combustíveis sustentáveis.
Reportagem, Tácido Rodrigues