LOC: A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizou uma operação de fiscalização em 12 estados e no Distrito Federal, entre os dias 29 de agosto e primeiro de setembro. Os fiscais verificaram o cumprimento das normas de qualidade, além da adequação de equipamentos e documentação e prestação de informações aos consumidores.
A Agência também vem acompanhando, junto com Procons, o cumprimento do Decreto que obriga as distribuidoras a exibir os preços dos combustíveis líquidos no dia 22 de junho deste ano, junto com os preços atuais. O preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras caiu pela quarta vez seguida desde julho, na última sexta-feira (02). A variação, de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro, representa uma queda de 7,08%. O professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Victor Gomes e Silva, indica três fatores que explicam essa tendência.
TEC./SONORA: “O primeiro é a queda da cotação internacional da gasolina; o segundo é a queda do dólar; o terceiro é a redução de tributos e subsídios indiretos colocados pelo governo federal”.
LOC.: A gerente comercial de vendas de um posto localizado na cidade de Prata, Minas Gerais, Johnica Brito de Almeida, conta que a principal estratégia do posto é manter o nível de estoque baixo, para que, em caso de flutuação de preços, não haja prejuízo no rendimento. Ela também comenta o impacto das variações de preço para o consumidor.
TEC./SONORA:
“Há alguns meses atrás, quando a gasolina estava exorbitante, acima e quase chegando a R$ 8,00, o poder de compra do consumidor caiu. Então, o consumidor só colocava combustível para chegar no seu trabalho, ou começou a andar de bicicleta, ter novos hábitos, começou aí a não ter o poder de compra. Com a queda, o cenário mudou. Agora, eles estão consumindo mais. Eles estão sempre com os tanques cheios, fazendo com que o faturamento da empresa cresça também, juntamente com o consumo”.
LOC.: A nutricionista Andreia Rodrigues mora em Itaquera, na Zona Leste da capital paulista, e trabalha em um hospital no município de Ferraz de Vasconcelos, na Região Metropolitana de São Paulo. Ela se desloca de carro por cerca de 26km, entre a ida e a volta para casa. Com a queda no valor da gasolina, ela gasta aproximadamente 600 reais mensais em combustível.
TEC./SONORA:
“Agora, com a diminuição no preço da gasolina, eu estou gastando mais ou menos R$600 por mês de gasolina, mas eu já cheguei a gastar em torno de R$ 1.100, R$ 1.200”.
LOC.: As ações de fiscalização da ANP podem ser acompanhadas pelo Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento, atualizado mensalmente no site da Agência. Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas por meio do Fale Conosco ou do telefone 0800 970 0267.
Reportagem, Deborah Novais