Voltar

ou

Cadastro de mídia
Foto: Divulgação/SES-RS
Foto: Divulgação/SES-RS

Casos de infecções por HIV e Aids aumentam no Rio Grande do Sul

De 2020 a 2022, houve um crescimento de 3% nos casos de infecção pelo HIV, ando de 2.836 notificações para 2.920 no ano ado


No Rio Grande do Sul, o aumento das infecções por HIV e Aids continua sendo um desafio de saúde pública. De 2020 a 2022, houve um crescimento de 3% nos casos de infecção pelo HIV, ando de 2.836 notificações para 2.920 no ano ado. De acordo com o Boletim Epidemiológico do HIV e da Aids 2023, o estado está na sexta posição de maior índice no país, com 23,9 casos por 100 mil habitantes. 

Em relação ao índice de mortalidade, o Rio Grande do Sul lidera com 7,3 mortes por 100 mil habitantes, superando a média nacional de 4,1. Em 2022, o estado registrou 1.130 mortes com a Aids como causa básica notificada. Os dados do boletim vão até o dia 30 de junho de 2023, cobrindo assim apenas o primeiro semestre do ano.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, a situação epidemiológica do HIV/Aids está ligada a desigualdades sociais e a permanência de estigmas e preconceitos a respeito da doença. O médico infectologista  Hemerson Luz também atribui a desinformação de como o HIV é transmitido, quais os primeiros sintomas e locais de testagem ao aumento das transmissões.

“Além do próprio preconceito e esses os que podem ter uma relação direta com as condições sociais, sabemos que as pessoas em estado de vulnerabilidade, ou mesmo que estejam com menor o ao poder aquisitivo têm uma menor possibilidade de alcançar esses fatores preventivos”, avalia.

De acordo com os Indicadores e Dados Básicos do HIV/AIDS nos Municípios Brasileiros, ao todo, em 2023, foram contabilizados 1.206 casos de Aids no estado. Sendo 706 homens, 500 mulheres, 10 em crianças menores de 5 anos e 91 jovens de 15 a 24 anos de idade.

Índice de infecção nos municípios

Porto Alegre é a capital que registrou o maior índice em um levantamento entre os dados de 2018 a 2022, que leva em consideração as taxas de detecção na população geral, mortalidade e registros em menores de cinco anos de idade.

Em relação aos 100 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, com base no mesmo índice composto para o período (2018-2022), o Rio Grande do Sul tem seis cidades representadas: Canoas na 2ª posição, Gravataí em 7º, Novo Hamburgo em 33º, Bagé em 44º, Pelotas em 64º e o Fundo em 81º.

Prevenção

As principais ações de combate ao HIV no Rio Grande do Sul incluem:

  • Ampliação da testagem rápida para HIV.
  • Disponibilização da profilaxia pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP) ao HIV.
  • Tratamentos efetivos para controlar a carga viral e tornar o HIV indetectável, prevenindo a transmissão.

Além disso, o estado implementa estratégias como o Projeto Geração Consciente, uma iniciativa colaborativa focada na educação sexual e reprodutiva de jovens estudantes, em parceria com a Secretaria da Saúde, a Secretaria da Educação, Unesco, Unaids e o programa RS Seguro.

Dezembro Vermelho

Este ano, a Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul lançou uma campanha de prevenção e diagnóstico do HIV/Aids para redes sociais e rádios. A iniciativa destaca a importância da testagem regular, do uso de preservativos e gel lubrificante, além de encorajar o o às profilaxias disponíveis. 

A campanha enfatiza a necessidade de diagnósticos precoces e tratamento imediato, visando preservar a vida e alcançar carga viral indetectável para evitar a transmissão do vírus e faz parte do Dezembro Vermelho, uma mobilização nacional na luta contra o HIV, Aids e outras ISTs, instituída no Dia Mundial de Luta Contra a Aids, em 1º de dezembro.
 

Veja Mais:

Um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil. Mulheres apresentam piores índices da doença
Goiás registra cerca de 23 casos de HIV e 6 casos de Aids por 100 mil habitantes em 2023
 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.

LOC.: No Rio Grande do Sul, o aumento das infecções por HIV e Aids continua sendo um desafio de saúde pública. De 2020 a 2022, houve um crescimento de 3% nos casos de infecção pelo HIV, ando de 2.836 notificações para 2.920 no ano ado. De acordo com o Boletim Epidemiológico do HIV e da Aids 2023, o estado está na sexta posição de maior índice no país, com 23,9 casos por 100 mil habitantes. 

O médico infectologista Hemerson Luz atribui o aumento das transmissões à desinformação de como o HIV é transmitido, quais os primeiros sintomas, locais de testagem e preconceitos a respeito da doença 
 

TEC./SONORA: Hemerson Luz - infectologista

“Além do próprio preconceito e esses os que podem ter uma relação direta com as condições sociais, sabemos que as pessoas em estado de vulnerabilidade, ou mesmo que estejam com menor o ao poder aquisitivo têm uma menor possibilidade de alcançar esses fatores preventivos.”
 


LOC.: No Rio Grande do Sul, as ações de combate ao HIV consistem na ampliação da testagem rápida, oferta de profilaxias pré e pós-exposição ao HIV, e tratamentos para manter o vírus indetectável. O estado também promove o Projeto Geração Consciente, iniciativa para a educação de jovens estudantes sobre saúde sexual e reprodutiva.

De acordo com os Indicadores e Dados Básicos do HIV/AIDS nos Municípios Brasileiros, ao todo, em 2023, foram contabilizados 1.206 casos de Aids no estado. Sendo 706 homens, 500 mulheres, 10 em crianças menores de 5 anos e 91 jovens de 15 a 24 anos de idade.

Reportagem, Sophia Stein