LOC.: Aposentados e pensionistas do INSS não têm mais que provar que estão vivos para continuarem recebendo seus benefícios. A prova de vida dos segurados ou a ser responsabilidade do órgão.
O INSS vai fazer isso por meio do cruzamento de dados desses beneficiários nas bases de dados públicas e bancárias. A aposentada Gilda Ribeiro Nobre afirma que a mudança vai facilitar o dia a dia dela e dos demais segurados do INSS.
TEC./SONORA: Gilda Ribeiro Nobre, aposentada
"Achei ótimo, porque antigamente era muito difícil. Você ia para o banco, tinha que pegar uma senha, ficar um tempão esperando para provar que está vivo. As pessoas muito idosas ou muito doentes tinham que ir, ficar no carro esperando, sofrendo, enquanto um parente ia fazer. Para provar, eles têm que ir atrás da gente mesmo. Ficou bom, maravilhoso".
LOC.: O advogado especialista em direito previdenciário Diego Cherulli destaca a importância da prova de vida para evitar fraudes e pagamentos indevidos.
TEC./SONORA: Diego Cherulli, advogado especialista em direito previdenciário
"A prova de vida é uma forma que a legislação previdenciária criou de verificar se o benefício de uma pessoa falecida não está sendo recebido indevidamente, porque era muito comum familiares continuarem recebendo e, ainda é. As pessoas acham que é de direito receber as parcelas da aposentadoria após o óbito da pessoa, a maioria de boa fé, achando que estava tudo certo".
LOC.: Para comprovar que o segurado está vivo, o INSS pode usar como comprovação o o do beneficiário ao aplicativo Meu INSS com o selo ouro; e realização de empréstimo consignado com reconhecimento biométrico. Também servem atendimento presencial nas agências do INSS; vacinação e votação nas eleições.
O beneficiário que pedir emissão ou renovação de aporte, carteira de motorista, carteira de trabalho, carteira de identidade ou outros documentos oficiais também já terá a situação comprovada. Além disso, podem ser utilizados o recebimento do pagamento de benefício com reconhecimento biométrico ou a declaração de Imposto de Renda.
Se o INSS não conseguir comprovar que o segurado está vivo em até dez meses após o aniversário do beneficiário, deverá notificar o aposentado ou pensionista para que ele preste uma dessas informações ou mesmo, se quiser, ir a uma agência do órgão.
Reportagem, Felipe Moura.