LOC.: A ferrovia, um dos modais mais usados no mundo, deve voltar a ser protagonista entre os meios de transporte no Brasil. Ao menos essa é a expectativa do governo federal por meio do Novo PAC, que pode investimentos no setor de noventa e quatro bilhões de reais até 2026. A retomada de obras paradas é prioridade, como é o caso da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que ligará o futuro porto de Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, no Tocantins. Com aproximadamente 1527 quilômetros de extensão, a FIOL já recebeu um bilhão e meio de reais em investimentos.
Na avaliação do deputado federal Pedro Uczai, do PT de Santa Catarina, que já foi presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias, o investimento nesse modal é 'estratégico' para o escoamento da produção brasileira.
TEC/SONORA: deputado federal Pedro Uczai (PT-SC)
“Porque nós queremos ferrovias ligando o Brasil com importações, mas também queremos ferrovias para induzir o desenvolvimento industrial nacional. Por isso uma estratégia ferroviária brasileira que não só volta-se para o processo exportador de suas matérias primas, mas também induz o desenvolvimento industrial no interior desse país, que é continental.”
LOC.: Atualmente, 70% do transporte de cargas no Brasil a pelas estradas. Antônio Carlos de Freitas Júnior, advogado e professor de Direito Constitucional, acredita que mais investimentos em ferrovias serão capazes de transformar a logística brasileira.
TEC/SONORA: Antônio Carlos Júnior, advogado e professor de Direito Constitucional
“Primeiro a velocidade com que os produtos vão chegar a seus destinos é maior. Em segundo lugar, o impacto ambiental em ferrovias é muito menor do que a produção de CO2 no transporte rodoviário.”
LOC.: Apenas em 2023, 15 novos contratos de autorizações ferroviárias foram assinados. Obras previstas para os estados de Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo, Maranhão, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Reportagem, Lívia Braz