LOC.: A atuação conjunta entre os setores público e privado é vista como a única forma de alcançar a universalização dos serviços de saneamento básico até 2033. É o que aponta pesquisa da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto, a Abcon Sindcon. Especialmente na modalidade de parceria público-privada, a PPP, como explica a superintendente técnica da associação, Ilana Ferreira.
TEC./SONORA: Ilana Ferreira, superintendente técnica da Abcon
“As PPPs foram responsáveis por 19% de tudo que foi investido pelos operadores privados em 2021. Hoje no Brasil nós temos 21 contratos, são mais de 16 milhões de pessoas beneficiadas em 10 estados brasileiros por esse tipo de modalidade contratual. A gente acredita que essa é uma modalidade que será crescente. A Abcon Sindcon sempre defendeu que a parceria entre o setor público e o setor privado é o caminho necessário para o alcance da universalização.”
LOC.: Atualmente, as concessionárias privadas atendem 51 milhões de pessoas em 850 municípios, um aumento de 292% nos últimos 10 anos. Em 2013, 217 cidades eram atendidas por operadoras privadas de água e esgoto.
O senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, é presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado. O parlamentar defendeu a participação do setor privado como essencial para atingir as metas de universalização.
TEC./SONORA: Confúcio Moura (MDB-RO), senador
“Com recursos da União não será possível de jeito nenhum atingir esses objetivos de universalização. Então, há necessidade de participação do capital privado. Nós até gostaríamos muito que o projeto de debêntures de infraestrutura fosse aprovado para poder ajudar no financiamento das empresas interessadas em participar desse grande chamamento mundial para investimentos no Brasil, que é extremamente carente.”
LOC.:O Brasil precisa de quase R$ 900 bilhões em investimentos para universalizar os serviços de saneamento básico até 2033, segundo a Abcon Sindcon.
Reportagem, Fernando Alves