LOC: Olá, sejam bem-vindos ao Entrevistado da Semana. Eu sou Marquezan Araújo e comigo está o secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia, Bruno Eustáquio de Carvalho. Nós vamos conversar sobre o projeto de lei da Nova Lei do Gás, em tramitação no Congresso Nacional, que pretende dar mais abertura a esse mercado, com a entrada de novos agentes e se chegando a preços mais baixos do produto.
Bruno Eustáquio, obrigado por nos receber.
TEC./SONORA: Bruno Eustáquio de Carvalho, secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia.
“Muito obrigado, o prazer é todo meu. É sempre bom e oportuno falar dessa política que tem sido prioridade do Ministério de Minas e Energia, e está agora na reta final de apreciação dentro do Congresso Nacional, sobretudo no Senado Federal.”
LOC: Secretário Bruno Eustáquio, como o novo marco regulatório do gás, em análise no Congresso Nacional, pode contribuir para o desenvolvimento do setor no País?
TEC./SONORA: Bruno Eustáquio de Carvalho, secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia.
“Nossa expectativa é que, com a aprovação desta lei, tenhamos um mercado aberto, dinâmico e competitivo. Na medida em que você abre todo o mercado, são criadas condições para que o gás com preço mais barato seja ofertado a quem de fato utiliza, sobretudo a indústria. O racional de construção dessa política do novo mercado de gás pressupõe essa abertura, pela qual esperamos alcançar preços mais adequados.”
LOC.: Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontam que a Petrobras é responsável pela operação de mais de 90% de toda a produção de gás natural. Quais as consequências disso para o setor?
TEC./SONORA: Bruno Eustáquio de Carvalho, secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia.
“Você não consegue trazer elementos de competitividade que possam refletir na tarifa do gás natural. A nossa principal motivação é abrir a cadeia do mercado de gás, permitindo a entrada de outros agentes na produção, nas infraestruturas essenciais e no transporte, por exemplo. Quando você permite essa abertura, automaticamente se traz competitividade, que implica em reflexos da composição dos preços que será ofertado ao consumidor final.”
LOC.: De que forma estados e até mesmo os municípios podem ser beneficiados com a aprovação dessa matéria e, consequentemente, com a abertura desse mercado para outros agentes?
TEC./SONORA: Bruno Eustáquio de Carvalho, secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia.
“Estudos da FGV apontam incrementos na arrecadação dos estados via ICMS, com a abertura do mercado de gás. Nós temos, de certa forma, toda a movimentação da cadeia de gás e, consequentemente, a geração de investimento e recolhimento de ICMS pelos estados. Então, a expectativa é de que, nos próximos 10 anos, se tenha o mesmo crescimento adicional de 3% na arrecadação dos estados com a abertura do mercado de gás.”
LOC: É isso, secretário. Muito obrigado pela participação no portal brasil61.diariomineiro.net.
TEC./SONORA: Bruno Eustáquio de Carvalho, secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia.
“Muito obrigado. Eu quem agradeço.”
LOC: O Entrevistado da Semana fica por aqui. Obrigado pela sua audiência e até a próxima. Tchau!