
LOC.: Ocorreu nesta quarta-feira (14) o último encontro que antecede o Fórum Amazônia+21. No primeiro do dia, moradores emblemáticos da região compartilharam seu conhecimento sobre a cultura local e o que acreditam ser o caminho para o desenvolvimento sustentável da Amazônia: a participação dos povos e comunidades tradicionais que ali vivem.
Participante do debate, o cacique Almir Narayamoga Suruí, um dos representantes indígenas de destaque atualmente, defendeu o diálogo entre os diversos interessados na exploração da rica biodiversidade amazônica.
TEC./SONORA: Almir Narayamoga Suruí
“É muito importante utilizar os conhecimentos tradicionais, tecnológicos, de pesquisa e científicos, para juntar esses conhecimentos e buscar um caminho que valorize todos os segmentos, que são importantes para uma economia mais consciente.”
LOC.: Com o tema “Um pouco sobre a história e a vida na Amazônia: a diversidade dos povos e os desafios da floresta”, o contou com a presença do geógrafo Gustavo Rangel, pesquisador da vida na região e professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Rondônia, e do escritor manauara Márcio Souza. Os especialistas defenderam que há um potencial muito grande em recursos não explorados na Amazônia, mas que tanto o processo de exploração, quanto os benefícios advindos do desenvolvimento devem atingir os moradores locais, entre eles os indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, seringueiros e garimpeiros.
TEC./SONORA: Gustavo Rangel, pesquisador da vida na região e professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Rondônia
“Essas pessoas devem ser absorvidas pelas novas políticas públicas a serem implementadas na região amazônica. Muitos deles estão enchendo bolsões de pobreza nos perímetros urbanos. Precisamos atender quem vive aqui e tentar de alguma forma racional, inteligente e sustentável atender às demandas dos povos que vivem na floresta.”
LOC.: Programado para os dias 4, 5 e 6 de novembro, o Fórum Amazônia+21 é uma iniciativa que visa mapear perspectivas e buscar soluções para temas relacionados ao desenvolvimento da região e melhoria da qualidade de vida dos mais de 20 milhões de cidadãos que vivem na Amazônia Legal, composta pelos sete estados da região Norte, mais Maranhão e Mato Grosso.
O fórum é promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Agência de Desenvolvimento de Porto Velho e Prefeitura de Porto Velho. A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e o governo do estado apoiam o programa. Por conta da pandemia da Covid-19, este ano o evento vai ocorrer virtualmente.
Reportagem, Felipe Moura.