LOC.: A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta terça-feira (13) um projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia até o fim de 2027.
A desoneração da folha de pagamentos para esses setores está prevista para acabar no final deste ano. Mas um projeto de lei estende o benefício por mais 4 anos. Para compensar a perda de arrecadação do poder público, o projeto prorroga, pelo mesmo período, o aumento de 1% na alíquota da Cofins-Importação, que também acabaria em dezembro.
O relator do projeto de lei, senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia, destacou a importância de se prorrogar a desoneração.
TEC./SONORA: senador Angelo Coronel (PSD-BA)
"Acho que o setor produtivo está bastante tranquilo. Não vai ficar com aquela apreensão da prorrogação ada, que deixou para acontecer no último dia. Agora as empresas têm seis meses para poderem se planejar para gerar mais empregos para o Brasil. O intuito da desoneração é fazer com que esses segmentos gerem mais emprego".
LOC.: A desoneração permite que as empresas dos setores incluídos no projeto troquem a contribuição de 20% sobre a folha de salários para a previdência pelo pagamento de uma alíquota de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Defensores do mecanismo argumentam que é uma forma de diminuir os encargos trabalhistas sobre as atividades e facilitar o emprego.
O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, José Velloso, afirma que o setor recebeu "muito bem" a aprovação do projeto de lei. Ele explica que o mecanismo é responsável pela manutenção de 10% a 15% dos funcionários.
TEC./SONORA: José Velloso, presidente-executivo da Abimaq
"Como são os setores que mais empregam no Brasil, quando as empresas entram em crise e am a vender menos, diminui a carga tributária e, com isso, as empresas seguram os empregados com carteira assinada. Na hora que a empresa voltar a faturar mais, ela segurou o funcionário e volta a pagar mais impostos. É anticíclico, ou seja, mantém emprego durante as crises".
LOC.: Além máquinas e equipamentos, as empresas dos setores de confecção e vestuário, construção civil, proteína animal, tecnologia da informação e transporte de cargas e de ageiros estão entre os beneficiados com a prorrogação.
Reportagem, Felipe Moura.