LOC.: O financiamento do BNDES para inovação e digitalização vai ficar mais barato. Uma medida provisória propôs a redução dos juros cobrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social das empresas nessas operações. A lei foi sancionada pela Presidência da República.
Segundo a MP, as operações de crédito do BNDES voltadas à inovação e digitalização am a ser remuneradas pela Taxa Referencial, a TR, e não mais pela Taxa de Longo Prazo, a TLP. Ou seja, os juros caem de quase 6% para cerca de 2% ao ano.
Para a economista Carla Beni, professora da Fundação Getulio Vargas, a lei será positiva para quem deseja adquirir um financiamento para investir em inovação.
TEC./SONORA: Carla Beni, economista e professora da FGV
"Os países todos fazem grandes investimentos na área de inovação e o Brasil não pode ficar atrás nessa questão. Então, sim, é muito relevante que o governo dê estímulos e incentivos para que o Brasil avance no processo de digitalização, no processo de inovação, na melhoria do seu parque industrial".
LOC.: De acordo com a Constituição, uma parte dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT, devem ser transferidos ao BNDES para fomentar o desenvolvimento econômico do país. Até 1,5% do que o FAT rea ao banco deve ser oferecido em condições mais vantajosas de financiamento para inovação ou digitalização. Estima-se que, hoje, que esse percentual represente R$ 5 bilhões anuais.
O senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, foi um dos defensores do barateamento dos juros cobrados em operações de crédito voltadas para inovação e digitalização.
TEC./SONORA: senador Izalci Lucas (PSDB-DF)
"Quando você tem a digitalização, a informatização, você tem mais facilidade de controle. A área de saúde no DF, por exemplo, no Brasil, de um modo geral, é toda analógica. Você não tem controle sequer de estoque de medicamento. Então você não tem uma série de controles que com a digitalização você pode fazer. E o Brasil precisa investir nisso."
LOC.: Segundo a lei, a redução dos juros valerá até 2026.
Reportagem, Felipe Moura.