LOC.: O Índice de Confiança do Comércio registrou um avanço de 5,1 pontos em abril, atingindo 95,5 pontos. Esse é o maior nível desde setembro de 2022, quando estava em 96,6 pontos. Ao considerar as médias móveis trimestrais, o índice aumentou pelo quinto mês seguido, em 1,7 ponto para 91,8 pontos. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.
Para o economista Cesar Bergo, a confiança aumentou sobretudo em função dos indicadores econômicos.
TEC./SONORA: Cesar Bergo, economista
“Temos visto queda da inflação, aumento da renda, manutenção do emprego e queda da taxa de juros. Tudo isso faz com que o consumo aumente, e isso estamos vendo na prática. Também a distribuição do 13º em duas etapas, agora em maio e junho, irriga a economia, melhora as condições de consumo e melhora essa confiança do empresário.”
LOC.: O Índice de Expectativas registrou sua segunda variação positiva consecutiva, avançando 4,6 pontos e registrando 92,9 pontos em abril. Esse é o maior nível desde outubro de 2022, quando registrou 93,0 pontos. Ambos os componentes do Índice de Expectativas apresentaram variações positivas no mês.
Para o economista Luigi Mauri, a tendência é incerta para os próximos meses, mas mantém um tom otimista diante do aumento do rendimento das famílias e da confiança do consumidor.
TEC./SONORA: Luigi Mauri, economista
“Essa expectativa futura também está fortemente atrelada aos juros no Brasil, que por sua vez, dependem do ponto de vista do Banco Central, do desempenho do dólar e da inflação. Essa confiança muito atrelada aos juros futuros pode estar um pouco incerta.”
LOC.: O economista destaca que o valor do dólar subiu, e que apesar da inflação ter apresentado um “bom” resultado na prévia com o IPCA Quinze, em abril, ela está alta.
Mauri ainda aponta que os juros são um fator importante para o desempenho do setor de comércio. Por isso, é necessário estar atento a essa métrica para os próximos meses.
Reportagem, Nathália Guimarães