LOC.: O Índice de Preços ao Consumidor Semanal registrou taxa de variação de 0,45% na segunda quadrissemana de maio, de acordo com a Fundação Getulio Vargas. Esse é o mesmo valor da semana anterior. O indicador, que mede semanalmente a variação do custo de vida para famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos mensais, acumula alta de 3,23% nos últimos 12 meses.
De acordo com o levantamento, houve um aumento nas taxas de variação em alguns grupos, incluindo Educação, Leitura e Recreação, Transportes e Despesas Diversas. Vale destacar que, dentro da categoria de despesas, os dois itens que apresentaram maior variação foram agem aérea e transporte por aplicativo.
Para o economista José Luiz Pagnussat, as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul contribuíram para essa variação no indicador.
TEC./SONORA: José Luiz Pagnussat, economista, ex-presidente da Corecon-DF
“Você tem um problema também de redução de oferta de vários outros produtos. O Rio Grande do Sul é responsável por quase 20% da produção de carne de porco, responsável pela produção de frango, quase 10%. A redução de oferta vai afetar o preço desses produtos para o consumidor, e isso reflete na inflação."
LOC.: Ele explica que o IPC Semanal da Fundação Getulio Vargas vem apresentando uma trajetória de crescimento nas últimas semanas, apesar de vir em um patamar menor que o índice oficial de inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA.
TEC./SONORA: José Luiz Pagnussat, economista, ex-presidente da Corecon-DF
“Em vez de continuar numa trajetória de declínio por causa do IPCA, há uma tendência de já começar a refletir aumento de preços por causa dos problemas que a gente vai ter de oferta no Brasil, de muitos produtos."
LOC.: Por outro lado, os grupos Alimentação, Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais, Comunicação e Habitação registraram queda em suas taxas de variação.
Reportagem, Nathália Guimarães