LOC.: Desde 2021, a Vale, maior mineradora do Brasil, já destinou 900 mil toneladas de areia sustentável ao setor de construção civil e a projetos de pavimentação rodoviária.
Após sete anos de pesquisa, foi criada a Agera, empresa específica de comercialização da areia produzida a partir do tratamento dos rejeitos gerados pelas operações de minério de ferro da Vale. Agora, a expectativa é distribuir 1 milhão de toneladas ainda neste ano e 2 milhões e 100 mil toneladas em 2024.
Atualmente, são sete pontos de atendimento ao cliente e há estoque de material em dois estados: Minas Gerais e Espírito Santo. Mais de 80 fábricas de sete segmentos diferentes são atendidas pela empresa. Para a logística, são necessárias sete transportadoras rodoviárias e três fornecedores de frete ferroviário.
Os rejeitos da Vale, que podem ser dispostos em barragens ou em pilhas, são gerados a partir do processamento a úmido do minério de ferro e são compostos basicamente de sílica, principal componente da areia, e óxidos de ferro.
Para cada tonelada de areia, a companhia deixa de depositar também uma tonelada de rejeitos em suas barragens. A expectativa é atingir, em 2025, 3 milhões de toneladas.
O diretor da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral, Luiz Antônio Vessani, comenta a iniciativa.
TEC./SONORA: Luiz Antônio Vessani - diretor ABPM
“Eu acho que é muito bom para o meio ambiente, muito bom para a otimização do aproveitamento do minério, entendo que pode ser bom para a construção civil, na medida que vai gerar um insumo controlado, de qualidade, padrão Vale e, talvez, com um custo menor”
LOC.: O setor mineral, atualmente, é responsável por 4% do PIB nacional. No primeiro semestre de 2023, registrou alta de 6% no faturamento em relação ao mesmo período do ano ado, totalizando R$ 120 bilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração, o Ibram.
Reportagem, Yumi Kuwano