LOC.: O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (26) que vai rear seiscentos milhões de reais a estados e municípios para reduzir a fila de cirurgias eletivas, exames diagnósticos e consultas especializadas em todo o país.
A lista de espera por esses procedimentos foi bastante afetada pelas restrições impostas pelas autoridades de saúde para o combate à pandemia da Covid-19. O secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, disse que diminuir a fila é prioridade para o governo.
"O que a gente fez foi, sempre com essa ótica da forma mais simplificada, tentar intervir nesse problema agravado nesse período todo da pandemia. Muitos dos procedimentos usuais do Sistema Único de Saúde voltaram ao seu patamar, mas tem um acúmulo de um problema que precedeu a pandemia, evidentemente".
LOC.: A estratégia da pasta é começar pela diminuição da fila das cirurgias eletivas – que recebem esse nome porque não precisam ser feitas com urgência, podendo ser agendadas.
A transferência dos recursos para os estados e municípios realizarem esses procedimentos será de acordo com a demanda. Cada estado terá que elaborar, em articulação com seus municípios, um plano para diminuição das filas. Este plano deverá ser encaminhado ao Ministério da Saúde e terá que informar a quantidade de procedimentos a serem feitos, nomes dos serviços de saúde que farão as cirurgias, exames e consultas e uma meta de redução das filas para este ano.
Só então é que o órgão vai liberar os primeiros duzentos milhões de reais para o pontapé inicial da ação e, em seguida, de acordo com a demanda de cada estado, o restante dos recursos.
O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire Bezerra, disse que é importante ter uma política implantada para redução das filas desses procedimentos.
"Nesse momento pós-pandemia, onde viramos anos com ivos acumulados de milhões de procedimentos, tenho certeza que daqui a 90 dias teremos uma grande resposta com relação a esses R$ 600 milhões".
LOC.: Levantamento do Conselho Federal de Medicina aponta que o Brasil deixou de realizar ou adiou pelo menos dois milhões e oitocentas mil cirurgias eletivas em 2020, por causa da pandemia. Segundo o conselho, procedimentos simples, como cirurgia de catarata, hérnia e vesícula, estão entre os mais afetados.
Reportagem, Felipe Moura.