LOC.: Os pacientes portadores de papilomatose respiratória recorrente foram incluídos como parte do grupo prioritário para receber a vacina contra o HPV. A istração da vacina vai estar disponível mediante apresentação de prescrição médica, sendo necessário também um consentimento dos pais ou responsáveis para menores de 18 anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, a papilomatose respiratória é uma doença causada pelo HP. E tem como característica a formação de verrugas, geralmente na laringe, podendo se estender para outras regiões do sistema respiratório. Estudos demonstraram os benefícios da vacina como um tratamento auxiliar para esses pacientes.
A ginecologista Denise Yanasse informa que existem mais de 200 tipos diferentes de HPV — vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas.
TEC./SONORA: Denise Yanasse, ginecologista
“Você pega ele através da relação sexual, ele é a infecção sexualmente transmissível mais frequente do mundo e é o grande causador do câncer de colo de útero em mulheres. Ele também tem associação com outros tumores em homens e mulheres, bem como as verrugas genitais.”
LOC.: De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de brasileiros estão infectados pelo HPV. A estimativa é de que surjam 700 mil novos casos anualmente no país.
A ginecologista informa que no SUS a vacina contra o HPV está disponível gratuitamente para meninas e meninos, entre 9 e 14 anos. Para aqueles que vivem com HIV/aids, aram por transplantes de órgãos sólidos, medula óssea ou são pacientes oncológicos, a faixa etária é ampliada até os 45 anos.
TEC./SONORA: Denise Yanasse, ginecologista
“Essa vacina, dependendo do tipo, previne de 70 a 90% dos cânceres de colo de útero, que é um dos principais cânceres da mulher e também motivo pelo qual a gente colhe o papanicolau.”
LOC.: De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2018 a 2024 cerca de 75% das meninas receberam a primeira dose da vacina contra o HPV, enquanto mais de 58% completaram o esquema de duas doses. Em relação aos meninos, os números são ainda menores: cerca de 52% receberam a primeira dose — e apenas 33% receberam a segunda dose.
Reportagem, Nathália Guimarães