LOC.: Um levantamento realizado pelo Datafolha, a pedido do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, revela que 4 em cada 10 empresários do setor não conhecem o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, o Pronampe.
Na avaliação do diretor tributário da Confirp - companhia que presta consultoria para micro e pequenas empresas, Welinton Mota, o Pronampe é importante para economia do Brasil, principalmente por melhorar as condições das empresas que sofreram com os efeitos negativos da pandemia. Por isso, ele defende que os benefícios da medida sejam íveis a todos que têm direito ao crédito.
TEC./SONORA: Welinton Mota, diretor tributário da Confirp
“O Pronampe foi um dos fatores que fizeram com que os pequenos negócios se mantivessem e, pelo fato de se manter, eles tiveram que pegar dinheiro emprestado para se financiar e continuaram vivos. Por conta disso, a economia retomou e agora esse crescimento se deve, com certeza, ao Pronampe.”
LOC.: Ainda de acordo com o levantamento, apenas 16% dos entrevistados se sentem bem informados sobre o programa. A empresária Antônia Rodrigues, de 54 anos, é uma dessas pessoas.
Ela é proprietária de um salão especializado em cabelos crespos e cacheados. Antônia entende que os recursos do Pronampe são importantes e vai tentar um empréstimo para investir ainda mais no empreendimento.
TEC./SONORA: Antônia Rodrigues, empresária
“Pretendo usar esse recurso para melhorar o fluxo de caixa e comprar novos equipamentos. Minha ideia é retomar antigos projetos que ficaram engavetados por conta da pandemia.”
LOC.: O Pronampe é destinado às microempresas e pequenas empresas; às associações, às fundações de direito privado e sociedades cooperativas, exceto as de crédito; e aos profissionais liberais.
Quem tem direito aos empréstimos pode pegar até 30% da receita bruta anual, calculada com base no exercício anterior. Caso se trate de empresa com menos de um ano de funcionamento, o limite do empréstimo corresponde a até 50% do capital social ou a até 30% do faturamento mensal, neste caso, o que for mais vantajoso.
Reportagem, Marquezan Araújo