LOC.: A recente redução do IPI pelo governo federal viabiliza o corte de 35% do tributo da maioria dos produtos fabricados no Brasil, exceto as principais mercadorias do faturamento da Zona Franca de Manaus. A medida também tirou mais 6,25 pontos percentuais no desconto das alíquotas do setor automotivo, que foi de dezoito e meio por cento para vinte e quatro vírgula setenta e cinco por cento a menos no IPI.
Segundo o governo federal, a redução da carga tributária faz parte dos esforços de reindustrialização do país, e vai servir de estímulo para geração de emprego e renda.
Para o economista e professor da Escola de istração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, Renan Pieri, a redução do IPI pode impulsionar o bom momento da indústria nacional.
TEC./SONORA: Renan Pieri, economista.
“A redução de carga tributária, ainda mais significativa como essa, vai contribuir para um melhor momento da indústria, principalmente num contexto que (a indústria) já vem apresentando resultados de evolução. Por outro lado, se essa redução de arrecadação não vier seguida de medidas que reduzam o déficit público, que compensem a renúncia fiscal, isso pode gerar um quadro de deterioração das contas publicas.”
LOC.: A redução do IPI também deve ter reflexo na competitividade industrial, como explica o economista Newton Marques.
TEC./SONORA: Newton Marques, economista.
“Toda vez que tem redução de impostos federais no preço final, claro que a a ser mais competitivo. Produtos importados de algum lugar, como Estados Unidos, China, Europa, acabavam competindo desfavoravelmente com os nacionais por conta do IPI.”
LOC.: A medida resolve ainda a insegurança jurídica gerada pela determinação do Supremo Tribunal Federal para preservar a competitividade das mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus. O STF interferiu após a primeira redução do imposto de 25% para todos os produtos, exceto cigarros.