LOC.: Os senadores aprovaram o projeto de lei que permite que agressores de mulheres usem tornozeleira eletrônica para garantir o cumprimento de medidas protetivas em casos de violência doméstica e familiar. Pelo texto, a vítima e a polícia deverão ser alertadas sobre uma aproximação indevida do agressor com algum dispositivo eletrônico, como um aplicativo de celular ou "botão do pânico”.
O projeto aprovado pelos senadores altera a Lei Maria da Penha, de 2006, ao incluir o monitoramento eletrônico à lista de medidas que o juiz pode aplicar de imediato, como afastamento do lar.
O PL 5.427/2023 é de autoria do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). No Senado, recebeu voto favorável da relatora, senadora Leila Barros (PDT-DF).
O relator na Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), alterou o texto para deixar a cargo das secretarias de Segurança Pública definir como as mulheres e a polícia serão informadas em caso de aproximação do acusado.
No último dia 19 de março os senadores e senadoras também aprovaram outras propostas de proteção à mulher. A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou a proposta que institui o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher, com princípios e diretrizes para enfrentar a problemática. O texto aguarda designação de relator na Comissão de Segurança Pública (CSP).
Já a outra proposta aprovada estabelece que, além de prisão, os agressores que praticaram crimes contra a mulher poderão ser punidos com perda de bens e valores de propriedade equivalentes a no mínimo R$ 500 e no máximo R$ 100 mil. O texto espera indicação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Reportagem, Bianca Mingote