LOC.: A média diária de produção do setor automotivo, em setembro, foi de 10,4 mil unidades. O resultado é o maior do ano, totalizando 209 mil autoveículos. Já as 198 mil unidades vendidas representaram média diária de 9,9 mil unidades, a segunda maior de 2023. Os números são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Na opinião do economista Newton Marques, esse é um dado que precisa ser visto com cautela.
TEC./SONORA: economista Newton Marques
“Isso não está ligado a retomada da atividade econômica, porque as pessoas ainda estão muito endividadas e as taxas de juros estão elevadas. Não há uma redução significativa da taxa de juros, mas pode ter compra com base no financiamento de um período menor e com 0% de juros, como uma entrada boa, mas isso é só para as pessoas que têm uma renda que não está comprometida”
LOC.: Para a economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carla Beni, o mercado automotivo se estabilizou depois da pandemia em um patamar muito mais alto.
TEC./SONORA: economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carla Beni,
“Os carros subiram muito o preço e tem público para isso. E o público está pagando o preço. Então o mercado se ajustou em um patamar acima por ‘N’ razões variadas: por causa da pandemia, porque as pessoas ficaram muito tempo com os carros, ou porque querem trocar. Aí tem várias razões para explicar. Mas é sim um público no Brasil que tem renda disponível para isso e resolveu trocar o carro”
LOC.: Diante do contexto, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, diz que é muito importante a indústria trabalhar junto com o poder público para que sejam discutidas formas de harmonização entre os países, para que os produtos tenham uma harmonização técnica e regulatória. Para ele, isso é fundamental se o Brasil quiser ser um grande player global.
Reportagem, Lívia Azevedo