LOC.: Soja e carnes estão entre os produtos brasileiros mais exportados pelo País em 2022. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior, a Secex. Ao longo do ano ado, o Brasil embarcou para o exterior mais de 7 milhões de toneladas na soma das carnes de boi, frango e suína.
Só de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, o crescimento em relação a 2021 foi de quase 50%, somando o valor exportado de 11,8 bilhões de dólares. Já o crescimento de exportação de aves foi de 27,8%, o que representa quase 9 bilhões de dólares.
Na avaliação do analista e consultor especializado no setor carnes da SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, tanto em relação à carne bovina, quanto à carne de frango, as exportações brasileiras foram beneficiadas por fatores internos e externos relevantes.
TEC/SONORA: Analista e consultor especializado em setor carnes da SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias
“Enquanto nossos grandes concorrentes, os Estados Unidos, a Argentina e o Uruguai, am por um momento inverso, já que o rebanho deles esteve em processo de recolhimento. Isso faz com que a carne bovina brasileira seja mais competitiva. A União Europeia também atravessa pelo mesmo processo de encolhimento do rebanho. Para a carne de frango, o grande destaque é que o Brasil se tornou o principal fornecedor de carne de frango em escala global.”
LOC.: Embora o fenômeno climático La ninã tenha prejudicado boa parte da produção agrícola no país e no mundo, nos últimos dois anos, a soja foi um dos produtos brasileiros mais exportados em 2022. O valor total exportado do produto foi de 46,7 bilhões de dólares, ou seja, um crescimento de 20,8%.
Para o especialista em soja da SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, trata-se de um feito, tendo em vista que o Brasil, em 2022, exportou oito milhões de toneladas a menos em relação a 2021.
TEC/SONORA: Luiz Fernando Gutierrez Roque da SAFRAS & Mercado
“Não tivemos um excedente tão grande neste ano para poder exportar tanto. Em 2021, atingimos um recorde de exportação de 86 milhões. Apesar de menores no acumulado, são números bem interessantes dentro das possibilidades que o Brasil ofereceu em termos de produção em 2022 e espera-se que tenhamos, em 2023, uma retomada do crescimento das exportações, voltando a atingir recordes.”
LOC.: As exportações de farelo e óleo de soja seguiram em alta, favorecidas por problemas de produção e fiscais na Argentina, país que também foi afetado pelo fenômeno climático La niña. Segundo o Ministério da Economia, foram mais de 20 milhões de toneladas exportadas dos dois produtos.
Com a colaboração de Lúcio Flávio, reportagem, Luciano Marques