LOC.: O aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave tem levado municípios do Sul e Sudeste do país a decretarem situação de emergência em saúde pública. Um exemplo é a cidade de Florianópolis. De acordo com a prefeitura da capital de Santa Catarina, nos últimos dias foi registrado uma elevação significativa nos índices de internações em leitos de unidades de terapia intensiva neonatal, pediátrica e de adultos.
Segundo o Diário Oficial do município, a medida tem prazo de 180 dias, contados a partir do último dia 1° de maio. Pelos termos do Decreto, os leitos de retaguarda hospitalares estão 100% ocupados. Esses leitos são destinados a pacientes que não precisam de cuidados intensivos, mas que precisam de um ambiente mais tranquilo para se recuperar.
Cenário semelhante também está sendo vivenciado em Minas Gerais. Pelo menos seis cidades mineiras decretaram, nos últimos dias, situação de emergência em saúde pública. O motivo é o mesmo: aumento de casos de doenças respiratórias. A lista é composta por municípios como Belo Horizonte, Betim, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Pedro Leopoldo e Santa Luzia.
Outra unidade da federação que aparece em destaque é Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste do país. Na capital, Campo Grande, um decreto de situação de emergência em saúde pública também está em vigor.
Informações disponibilizadas pela prefeitura reforçam que as crianças, sobretudo menores de um ano, têm sido as mais afetadas. Dos 971 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave notificados desde o início do ano, 486 foram confirmados e 66 evoluíram para óbito.
Segundo a pesquisadora do Programa do Processamento Científico da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, de maneira geral, em todo o país, as crianças pertencem ao grupo mai afetado por essas enfermidades, de acordo com o último levantamento.
TEC./SONORA: Tatiana Portella, pesquisadora do Programa do Processamento Científico da Fiocruz
“A gente continua observando um aumento das hospitalizações por vírus sincicial respiratório, atingindo nível de incidência de moderado a muito alto em boa parte da região Centro-Sul, e em muitos estados das regiões Norte e Nordeste do país. Além disso, temos observado um aumento das notificações de casos de síndrome respiratória aguda grave por influenza em muitos estados do país.”
LOC.: O último Boletim InfoGripe da Fiocruz mostra que 18 das 27 capitais registraram incidência de síndrome respiratória aguda grave em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Entre elas estão Aracaju (SE), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Macapá (AP).
Reportagem, Marquezan Araújo