LOC: O secretário especial de Fazenda, do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, apresentou, nesta segunda-feira (3), uma análise dos impactos fiscais das medidas de enfrentamento à Covid-19 nas contas do governo federal, aos parlamentares da Comissão Temporária da Covid-19, no Senado.
A previsão do governo é investir mais de R$ 92 bi no enfrentamento da Covid-19 e, até agora, mais de R$ 20 bi já foram pagos. O Auxílio Emergencial teve R$ 9,7 bi, o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda R$ 630 milhões, as despesas adicionais dos ministérios R$ 5 bi e aquisição de vacinas R$ 4,6 bi.
TEC/SONORA: Waldery Rodrigues Júnior, secretário especial de Fazenda, do Ministério da Economia
“A política fiscal segue em um ambiente que nos permite avançar, com uso desses recursos públicos, que são escassos, mas que tentamos tratar de maneira mais direta, transparente e efetiva, para o combate às mazelas trazidas pela pandemia que o mundo enfrenta.”
LOC: A prestação de contas mostra que o governo já gastou, até o momento, cerca de R$ 544 bi. Em 2020, foram R$ 524 bi gastos, de um total previsto de R$ 604 bi. Apenas com o pagamento do Auxílio Emergencial foram desembolsados mais de R$ 300 bi e as transferências aos estados e municípios somaram quase R$ 113 bi, no ano ado.
Em 2020, o resultado primário, que são as diferenças entre as receitas e gastos feitos para o custeio de folhas de pagamento e investimentos em obras, por exemplo, foi de menos 10% do valor do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas do país, no ano. As despesas pularam de 19,5% para 26% sobre o valor do PIB, e a receita líquida foi de 16,2% do valor do PIB.
Para Waldery, a pandemia, de certa forma, desafia o governo a ser mais criterioso na preservação dos recursos para o enfrentamento da Covid-19, sem desiquilibrar as contas públicas.
TEC/SONORA: Waldery Rodrigues Júnior, Secretário Especial de Fazenda, do Ministério da Economia
“O enfrentamento da pandemia, de forma legítima e direta, nos trouxe a um outro posicionamento fiscal com gasto primário muito elevado, e mantido, naquele momento, de forma mais contida no ano de 2020, para que nos dê condições de prontamente responder aos novos desafios no atendimento à Covid-19.”
LOC: Nesta segunda-feira (3), o Ministério da Saúde começou a distribuir 1 milhão de vacinas da Pfizer/BioNTech contra Covid-19 aos estados. O carregamento chegou ao Brasil na última quinta-feira (29).
Desde janeiro, o Ministério da Saúde já distribuiu mais de 70 milhões de doses da vacina nos estados. O alcance é estimado em 43,7 milhões de pessoas.
Reportagem, Cristiano Ghorgomillos